Memorias póstumas de um marujo. Uma matéria imaginaria..... com TRETA

22/11/2012 22:00

 

Memorias póstumas de um marujo...

Eis que surge em uma pacata noite de sexta feira nada mais nada menos do que somente quem tem a função de controlar tudo, arrastando-se dentro de um lugar que até agora não sabe o porque foi posto ali e para que foi criado (eis ai algo que todos queremos saber, o porque estamos aqui, qual o proposito de nossa existência...). Como de costume, após o regresso do bar (isso quando chegava em casa) caia no primeiro sofá que visse na frente, porem como naquela noite o sono não vinha, saiu vagando pela cidade acompanhado somente por seu violão. O caminho parecia-lhe estranho mas, já havia passado por ali inúmeras vezes, porem nunca havia reparado nas formas e colorações das casas que se arrastavam pelo caminho. A primeira na forma de uma tartaruga marinha que começava roxa e terminava amarela. Outra com forma de um gigantesco polvo contendo mais cores que uma caixa de 24 lápis pode nos proporcionar. A que mais lhe chamou a atenção, o prendendo por frações de segundos, foi uma casa em forma de cogumelo no qual o portão parecia ser tipo de uma boca com dentes medonhos. Ficou encantado com todas aquelas formas e cores e começou a se perguntar, já chegando ao seu destino, porque nunca pensou em pintar seu singelo barco com cores tão vivas assim, ao invés daquele pacato cinza.

Chegando ao bosque também reparou que tinha mudado, estava sombrio. Avistou uns vultos vagando rapidamente por sua volta (fora os morcegos que não paravam de fazer aquele som). Resolveu então sentar-se no Araguaia, um lugar naquele bosque que todos os piratas se reuniam para suas convenções, que também tinha mudado. A árvore com seus galhos formavam uma espécie de braços medonhos, alguns buracos contidos nela moldavam uma espécie de boca e olhos. Como sabia que tudo isso estava se formando devida sua imensa imaginação, não se preocupou e Começou a observar, mesmo que por um pequeno vácuo entre as folhas, o pequeno show a parte que aquele céu proporcionava. A lua estava meio avermelhada e as estrelas formavam as mais variadas coisas que sua mente conseguia imaginar. Começou a se recordar das aulas de anatomia, mais precisamente no funcionamento dos órgãos. E imaginou o que se passaria dentro de seu corpo naquele exato momento. Foi quando iniciou uma pequena convenção das mais variadas formas de vidas existentes no corpo humano.

 Uma espécie de ritual se inicia...

Todos ali presentes começam a usufruir de todo tipo de “drogas” (dentre elas álcool, uma droga legal, porem seus efeitos são bem mais prejudicial à saúde humana do que o da maconha, que também foi ingerida, após ter tomado 1/2 LSD (Ácido Lisérgico Dietilamida)) que o corpo no qual pertencem, ingeriu durante a noite. O coração mais disparado que nunca, parecia que tinha corrido durantes horas a fio. O estomago como sempre nessas horas já não fala mais nada com nada, o fígado então... Os rins com as pirâmides renais completamente paralisadas devido o efeito do doce.

Convenção que no caso dura pouco tempo, uns 10 minutos no máximo para quase todos, para quase... E ele, onde estará agora? Distante ou perto demais? Relaxado ou em alguma espécie de viajem? Em uma vibe positiva ou em algum tipo de bad?

Começa então, ainda meio que sem noção devido o consumo insano de álcool, a ver o mundo com outros olhos, uma visão sim, meio lenta porem com mais clareza, tipo como se tivesse realmente descoberto o verdadeiro sentido da vida. Sentia-se como tivesse regressado no tempo e voltado a ser uma ingênua criança.

Retorna então de sua pequena ilusão, devido à chegada de algum carro que o assusta momentaneamente, também no estado no qual se encontra ficaria assustado com qualquer folha que despencasse de uma arvore e caísse ao seu lado. Fica a olhar por dentre os pequenos vácuos que as folhas das arvores que o rodeavam , porem não reconheceu quem era. Todavia o mesmo não parava de caminhar em sua direção. Começa então a suar frio, medo, desespero, uma vontade imensa de sair correndo quando, o estranho grita seu nome... Era um velho conhecido das viagens de navio, o famoso sete barba, que já ao chegar lança de seu bolso, meio que amarrotado devido a seu descuido, um popular “basiado” e ao acabar de fuma-lo, este vai embora alegando que iria não sei aonde (digamos que ficou meio louco devido ao tempo e às vezes acaba se perdendo dentro de sua própria casa). Com a ida do velho almirante o marujo pegou seu violão e começou a tocar uma musica, não uma musica qualquer, mais aquela que mais lhe vidrava.

“era eu e o Dr. Hofmann, e um druida pirado. jogava em seu caldeirão, pó de centeio mofado. Curtia sua alquimia, provei de sua poção. Balas doces de magia saiam do caldeirão. Viaje loucura eu vivia dia e noite, noite e dia...”.

Foi quando um dos pequeninos arbustos que o rodeavam começa-se a mexer. Fica meio apavorado, porem é dominado pela sua intensa curiosidade e o cutuca com um galho que estava caído ao seu lado. Para sua imensa surpresa era apenas o vento. Vento, talvez sim, talvez não... Começa agora a se perguntar agora de onde vem o vento? Como o sol nunca, ou pelo menos quase nunca se atrasa? Porque a lua sempre mudava de forma? Porque nunca caiu uma estrela cadente em sua pacata cidade? Será que realmente as estrelas cadentes caem no chão ou são logo resgatadas quando ainda estão por colidir em algum planeta? Existe vida fora da terra? Como seriam seus habitantes?... Quando de traz do mesmo arbusto surge um pequenino cara, pequenino mesmo, montado em algum tipo de caramujo, porem que brilhava. Eram cores tão fortes que seus olhos vidraram e não conseguia se quer piscar. Foi quando aquele pequenino homem, que estava com uma espécie de cachimbo na mão fumando não sei o que, o chama e... Um momento; aparece de um arbusto de um bosque um tipo de “duende” ou “gnomo”, montado em um caramujo e começa a falar? Não pode ser verdade, ou pode? Preferiu não ficar questionando já que seu estado não é muito favorável.

Dizia o pequenino que precisava de ajuda, pois seu mundo estava correndo grande perigo de desaparecer devido à falta de fé das pessoas, principalmente daqueles que se dizem “sem tempo”. Sem tempo, o que seria realmente uma pessoa sem tempo? Será que seria como alguém que não dorme pra não perder o café da manhã e consequentemente o horário de entrar no serviço. Que deixa de almoçar devido excesso de obrigações e com o cair da noite enfrenta um gigantesco transito e quando chega em casa tem uma família para agradar, um filho que devido à falta de atenção do pai virou... Mais porque estou pensando nisso? Aquele pequenino homem apenas me pediu ajuda, alias o que realmente ainda é muito estranho...

Então o pequenino o chamou e vagaram um pouco por aquele bosque que com os primeiros raios solares ficava cada vez com mais cores, as folhas das arvores não eram somente verde mais sim vermelha, meio azulada. As flores no chão formando uma espécie de arco-íris pelo qual deu uma vontade, não sei porque, de sair correndo por ele. Cogumelos começaram a brotar, como se um paço de magica, do chão e subindo rapidamente sobre ele mais pequeninos caras como aquele que apareceu no arbusto. Cantavam uma canção, não conseguia entender direito, pois ainda estava vidrado naquele mundo que não sei como fui parar.

 

Podem me chamar de louco devido ao que escrevo nessa pequena passagem, porem eu acredito sim em um mundo, não sei se perdido por esse imenso universo, talvez dentro do estômago de um gigantesco bagre, ou quem sabe dentro de um pequeno grão de milho... Porém habitado somente por criaturas de nossa imaginação. E o que realmente pode provar que nos não somos apenas um monte de pulgas que praguejam um cão de um gigante, Ou, quem sabe vivemos em cima de um coelho e somente quem chegar ao topo de suas orelhas encontrara o verdadeiro significado da vida? Pergunto-lhe agora, você que agora segura essas simples folhas com um pouco de tinta expressa por uma das invenções que até hoje me pergunto como, alguém que dizem que evoluiu através do macaco, inventar primeiramente uma maquina que é mais inteligente que o próprio criador e posteriormente que ao invés de perder-mos inúmeras horas escrevendo com um lápis ou caneta em um papel, correndo o grande risco de cometer algum erro, ela simplesmente joga um jato de tinta perfeito, sem sair das linhas e sempre com letras perfeitas... Você acredita em um mundo imaginário????

Perguntei a varias pessoas com distintas opiniões e fiquei muito satisfeito ao ter encontrado tanta diferença na forma de pensar de cada um...

“a mente da gente não funciona sozinha. se você pensa em alguma coisa é porque alguém quer que você pense. As pessoas usam essas criaturas como forma de sair desse mundo, mais não quer dizer que esse mundo não possa existir...” palavras de Tamires, uma pequena sonhadora digamos que uma pessoa “normal” por fora, porém com pensamentos extraordinários em sua mente.

Quando Giselle, outra sonhadora com os mesmos aspectos, foi questionada sobre o assunto sua resposta foi a seguinte tipo, existe um planeta habitado com coisas que a gente imagina? tipo, o que todas as pessoas imaginam? isso?” negando qualquer possibilidade de uma possível existência.

“Acho que não, pois esta apenas na nossa imaginação. Creio que até possa existir ETs, mas seria realidade e não imaginação...” respondeu knot, o cara que já bebeu da porção magica (meio louco hoje em dia, eu confesso), quando questionado sobre o mundo imaginário.

“Logico, na minha cabeça pelo menos existe um mundo assim. Mais penso que cada um tem o seu mundo, dentro de sua cabeça...” palavras de tiko, um velho capitão que jah sobreviveu a monstruosas tempestades, porem nunca abandonou o navio...

 

“acreditar eu não acredito não, mais de vez em quando eu viajo morar num lugar assim... tipo um lugar que somente mora eu e uns conhecidos e umas mulheres, só as top, e era tudo legalizado. Meu animal de estimação era um bicho grande que voa igual o do Harry Poter, aquele que tem cara de uma águia e corpo de um leão. sei lá como chama mais era tipo assim...” foi o que relatou Paulo quando questionado sobre o assunto.

 

“Não acredito em um mundo imaginário, mas sim que nossa imaginação é à base de muitas coisas, pois é através dela que podemos viajar acreditando em algo e assim o tornar real”. Diz ellen, uma pequena navegante que cruzava todos os dias comigo bravos mares a bordo do Daniel air line em busca de um pouco de conhecimento.

Quando outra questionada sobre o mesmo assunto, essa já com um aspecto diferente de todos os demais “ah, sei lá... o que seria da gente sem a nossa imaginação? Se a gente imagina tantas coisas, porque não acreditar que possa existir um mundo, somente com criaturas da nossa imaginação...” disse singelamente Loiane, que ao escrever talvez algumas palavras jogadas, como se não fizessem sentido, foi a que chegou mais perto ao tentar se expressar.

Se existe esse mundo? Eu afirmo que sim, pois como relatado acima, o que realmente prova nossa verdadeira existência como a raça dominante? Porem o que falta para muito conseguirem o encontrar, é um pouquinha mais do que chamamos de “imaginação” e “fé”. Receio também que vocês não me conhecem pessoalmente, somente este singelo sonhador no qual comando... Provavelmente ele deve estar rindo como faz frequentemente. Talvez por loucura mesmo... Mas quem sabe não tenha descoberto o real significado da vida, ou até melhor dizendo, aprendeu a encontrar a felicidade nos pequenos atos de nosso cotidiano...

A mente de um marujo sonhador...

 

 

 

 

 

 

Varias outras opiniões sobre o mundo imaginário...

“Eu acredito que existe um mundo que tenha vida, pode ser de qualquer forma de habitação, porque o universo é muito grande... Se na terra existe vida lá fora deve existir...”.

 

“eu acho que existe, pois quando sonhamos vamos para um mundo diferente, e às vezes os sonhos são melhor do que a realidade em que vivemos”

 

“acho que o mundo da imaginação não existe, porque são coisas da nossa imaginação e o que vem dela, nem sempre existe...”.

 

 “bom cara, eu acho que tudo que você realmente acredita pode se tornar real, tanto na imaginação, como no nosso mundo”.

 

“A sei lá cara... Creio que existe um lugar na nossa mente, que habita todos os nossos desejos, imaginações e loucuras sabe todos tem isso. Agora outro mundo,  não acredito. Só que há um lugar na nossa mente, que quando a gente fica viajando nesse lugar, a gente pensa coisas nossas loucuras”

 

“acho que existe sim, um exemplo bem claro é quando você toma doce...”.

 

“sim, cada um possui seu próprio mundo imaginário dentro de seu próprio celebro...”.

 

“com certeza, tudo é possível na vida porque não existir criaturas de nossa imaginação...”.

 

“se a gente imagina, não seria a toa, mas sim por alguma razão. Então não podemos destacar a possível existência desse mundo...”.

 

“mas se são criaturas que somente a gente imagina, tipo cada um imagina uma coisa. Então acho que seriam muitas criaturas diferente, entende?”

 

“claro que acredito, e um exemplo disso é nossos sonhos. Os sonhos são situações que a gente passa no cotidiano e vai para o celebro...”.

 

“não. Não tem como acreditar em algo que vem de nossa imaginação...”.

 

“acredito em tudo que eu vejo, e se eu vejo criaturas diferentes, elas existem...”.

 

“porque acreditar que somos os únicos? Vai que tem outras criaturas que acreditem ser únicas...”.

 

“se eu acredito nesse mundo, sim. O mundo em si é muito grande para somente nos existirmos...”.

 

“diria que sim, pois ninguém imagina nada sem acreditar e, se você imagina é porque acredita...”.

 

 

 

 

 

 

 

Como seria esse mundo aos olhos de alguns sonhadores:

 

“bem... esse mundo seria uma gigantesca floresta de jujuba com cores extremamente vibrantes, alguns cogumelos gigantes e um um rio de Pepsi que rodeava o castelo. O rei teria forma de pirulito(ah, e com sabor de tuti-fruti).  Teria dragões que cospem brigadeiro e para combate-los guarda de bacon que cantavam Raul. Ah, e nesse mundo também não existe funk e nem abada de carnaval”

 

“um mundo muito quente, com inúmeros vulcões, menos na floresta que continham os maiores e mais saborosos doces. Os gigantes que ali habitavam eram altos, magros e vermelhos, todavia não precisam de chinelo para andar, pois a lava que corria pela cidade toda não queimava seus pés. Os animais de estimação eram dragões e alguns peixes-cahorro.”.

 

“assim... Uma gigantesca floresta que de dia é muito divertida e alegre. Porem com o cair da noite é tomada pelas sombras e por uma imensa camada de neve. Os animais que ali habitam, não se limitam somente a andar, porem sabem voar e  nadar.  Os povos são todos tipo caricaturas e moram em pequenas aldeias pela floresta”

 

“o lugar seria uma imensa floresta, com algumas montanhas no horizonte e um rio que cortava de fora a fora o pequeno vale, com aguas tão cristalinas que proporcionava a mais clara visão do fundo. Todos ali viviam em cima de arvores, e sobreviviam somente com o que a terra lhes oferecia.”.

 

“uma imensa floresta porem meio que dividida. Existe um pequeno vale verde onde habitam os mais diversos tipos de criatura que é comandado por um duende-leão. A outra parte é comandada por uma rainha maligna que com seu exercito de orcs, tenta a todo custo dominar a flores inteira, pois seus orcs não podem andar pelo verde.”.

Memorias póstumas de um marujo